domingo, 25 de dezembro de 2011

Cheesecake de frutas vermelhas


Mini cheesecake com calda de frutas vermelhas
         Neste natal fiquei responsável pela ceia e quando pensei na sobremesa só vieram a mente preparações a base de chocolate, nenhuma surpresa para os que conhecem meu histórico de chocólatra. Resolvi fazer algumas coisinhas "chocolísticas", claro, mas pra agradar aos que não podem ou não gostam de chocolate, aproveitei a disponibilidade de frutas vermelhas congeladas pra fazer uma torta de queijo que aprendi num dos cursos que fiz no SENAC em São Paulo. 
             Existem dois tipos de cheesecake basicamente: os assados e os não assados. Para os assados, faz-se uma mistura de cream cheese, leite ou creme de leite, ovos, açúcar, aromatizante e leva-se ao forno para assar em banho-maria, fica uma delícia, mas é um pouco demorado e mais trabalhoso que a segunda opção.
          Esta cheesecake é muito fácil, pois não é assada, fica firme graças à gelatina, mas não fica devendo nada em beleza à qualquer outra torta elaborada.

Cheesecake com calda de frutas vermelhas
Base
1 pacote de biscoito maisena
1/2 tablete (100g) de manteiga sem sal
Recheio
1 lata (395g) de leite condensado
1 lata (250g) de creme de leite sem soro
1 embalagem (200g) de cream cheese
1 envelope (12g) de gelatina sem sabor hidratada
1 colher (sopa) de extrato de baunilha
Raspas de 1 limão
Calda
1/2 embalagem (200g) de framboesas congeladas
1/2 embalagem (200g) de amoras congeladas
1/2 xícara de açúcar

Triture os biscoitos junto com a manteiga, formando uma farofa úmida. Espalhe a mistura no aro ou molde que quiser utilizar, pressionando bem para que fique bem compactado, eu usei uma forma de silicone quadrada da silikomart. Reserve.
Hidrate a gelatina conforme as instruções da embalagem. No liguidificador coloque todos os ingredientes do recheio e bata por 1 ou 2 minutos, apenas para homogeneizar. Despeje a mistura sobre a base e leve à geladeira para firmar, por umas 5 horas.
Para a calda coloque as frutas e o açúcar numa panela e ferva por 5 minutos, apenas para que o açúcar se dissolva por completo. Leve para gelar.
Desenforme a torta e sirva com a calda por cima.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Desvendado o mistério da loja "Lombardi"



            Se você estava pensando em mostrar seus dotes culinários e fazer alguma sobremesa especial para a ceia de natal e desistiu por falta de algum ingrediente ou utensílio, fique tranquilo, porque esta semana desvendei o mistério da loja em Parnamirim que vende ingredientes e utensílios para confeitaria, chocolateria e panificação. Passa lá no Prato Perfeito e confere o post completo.

domingo, 27 de novembro de 2011

Carne de sol na nata (fake)


Acompanhada de pão delícia


Carne de sol na nata é um prato comum no nordeste, mais especificamente nas cidades de Natal e João Pessoa, não fiz nenhuma pesquisa, não sei se é típico, mas desconfio que seja criação do Restaurante Mangai. É uma delícia que cai bem com arroz e salada no almoço, com tapioca e com pão no café da manhã, lanche ou jantar ou ainda como eu fiz hoje, como recheio de crepe.
O único problema é que a quantidade de nata (uma espécie de creme de leite mais concentrado) utilizada torna o prato muito calórico, um verdadeiro pecado. Mas um belo dia, uma amiga minha resolveu juntar à carne de sol que ela grelhado e processado, um produto relativamente novo (pelo menos pra mim), o creme de ricota. Não é que ficou gostoso, melhor, ficou delicioso, principalmente pelo fato de poder comer sem tanta culpa na consciência, afinal a ricota tem poucas calorias.
Esta carne de sol com ricota seria o jantar de ontem, mas acabou virando o almoço de hoje, em virtude da minha demora na visita a casa de mainha ontem à noite, quando acabei jantando por lá.

Crepe recheado com a carne e acompanhado de sweet tomatinhos.

Carne de sol no creme de ricota

- 400g de carne de sol
- 500g de creme de ricota
- 1 unidade média (140g) de cebola
- 2 unidades (7g) de dentes de alho
- 50g de manteiga sem sal (ou manteiga da terra)
- ¼ de xícara (chá) (60ml) de leite integral
- Sal
- Pimenta do reino moída na hora

Opcional
- Coentro
- Cebolinha
- Pimenta de cheiro 

Ingredientes para preparar a carne de sol no creme de ricota

Cozinhar a carne de sol, na panela de pressão, com um pouco de água durante uns 40 minutos, ou até que a carne comece a desfiar.
Cortar a cebola em cubos muito pequenos (brunoise). Reservar.
Espremer o alho para que vire uma pasta. Reservar.
Se for usar coentro, cebolinha e pimenta de cheiro, este é o momento de cortá-los e reservá-los separados.
Retirar a carne cozida da panela e deixar em um prato para amornar.
Aquecer uma panela média, adicionar a manteiga e a cebola, refogar em fogo baixo para que a cebola fique macia, mas não escureça, este processo dele levar uns 10 minutos. Enquanto isso, desfie a carne e reserve.
Adicione o alho à panela com cebola e refogue apenas um minuto, adicione a carne e aumente o fogo para que refogue mais 3 minutos.
Junte o creme de ricota, o leite e tempere com sal, pimenta do reino e se desejar, coentro, cebolinha e pimenta de cheiro, desligue o fogo e sirva como preferir.

sábado, 19 de novembro de 2011

Sorvete de chocolate



Fiquei impressionada comigo mesma, quando comprei a sorveteira gritei aos quatro ventos que o primeiro sorvete seria o de chocolate, estava decidida, afinal eu sou uma chocólatra. Pois não é que, sem perceber, fiz o primeiro sorvete de creme! O segundo, para agradar o marido, foi de morango, que ainda não postei por necessitar de alguns ajustes ainda, depois veio outra leva de creme e só depois fiz o sorvete de chocolate na intenção de compor um pote com os três sabores do sorvete napoliano: morango, creme e chocolate.



Mas é preciso dizer que valeu a espera, no meio do congelamento eu resolvi adicionar algumas raspinhas de chocolate, assim, como quem não quer nada, isso potencializou o sabor de uma maneira que não consigo explicar. Antes de apresentar a receita, preciso dizer que esse não é um sorvete de chocolate qualquer, é um sorvete triplo, coisa forte, pra quem gosta muito de chocolate. Peguei a receita em algum blog, mas infelizmente não lembro em qual, o que não tem tanto problema porque eu alterei praticamente todas as quantidades e acrescentei outras coisinhas, criando uma nova receita que aqui em casa, nós consideramos perfeita.

Sorvete triplo de chocolate


500ml de leite
110g de creme de leite fresco
80g de gemas (05 und)
150g de açúcar refinado
200g de chocolate meio amargo
30g de cacau em pó
5g de raspas de chocolate
1 pitada de sal
1 col. (sopa) de extrato de baunilha   
1 col. (sopa) de vodka


Pique os chocolates e reserve separados.
Ferva o leite e o creme de leite com metade do açúcar e o cacau em pó.
A parte bata as gemas com o restante do açúcar.
Assim que o leite ferver, acrescente às gemas mexendo sempre. Retorne à panela e cozinhe em fogo em baixinho mexendo sem parar (é o mesmo processo do creme anglaise que expliquei no sorvete de creme). Retirar do fogo, verter em uma vasilha e acrescentar as 200g de chocolate picado, mexer bem e juntar o sal, a vodka e o extrato de baunilha.
Levar para a geladeira por quatro horas, ou de um dia para o outro.
Colocar na sorveteira para bater por aproximadamente 30 minutos, adicionando as raspas de chocolate quando tiver congelado um pouco, evitando que as raspas se concentrem no fundo da sorveteira.



domingo, 13 de novembro de 2011

Focaccia de Brócolis - O Bowl Surpresa




Bowl é um utensílio muuuuuito utilizado no preparo de alimentos, mais conhecido como tigela ou bacia de inox. Estou concluindo o curso de graduação tecnológica em gastronomia pela UnP, universidade ligada à Rede Laureate., uma rede internacional de ensino, e a avaliação de várias disciplinas práticas deste último período são mais ou menos como aquelas provas do Super Chef da Ana Maria Braga. Os professores nos dão uma lista com alguns ingredientes e nós precisamos criar uma preparação específica para cada disciplina tendo como ingredientes as quantidades máximas permitidas por cada ficha de ingredientes.
Esta preparação que descrevo abaixo foi o bowl surpresa da disciplina de Pães e Massas. Meu grupo criou um empreendimento fictício, uma casa de recepções muito requintada, com serviço empratado e sabe o que nos deram como matéria prima? Brócolis... ricota, cenoura, farinha, fermento, azeite, manteiga, açúcar e leite. Pensamos em fazer um croissant recheado com uma pasta de ricota e brócolis, mas fazer o processo de tourrage (processo de intercalar camadas de massa e gordura) com manteiga aqui no nordeste e ainda por cima tendo como tempo máximo três horas, era impossível, visto que a manteiga derrete muito facilmente. Como tínhamos azeite disponível optamos por criar uma espécie de focaccia recheada com a pasta de brócolis e ricota, uma pena não termos à disposição ervas frescas como alecrim, mas seguimos em frente com a idéia de produzir uma mini focaccia recheada com ricota e brócolis, que poderia ser servida como entrada no nosso serviço fictício, era essa a idéia.
Ficamos um pouco apreensivos, pois não havíamos testado a receita anteriormente, mas utilizei como base uma receita de focaccia muito boa da Williams-Sonoma Collection: Breads que peguei no blog fofo da Patricia Scarpin, o Technicolor Kitchen.
Adaptamos um pouco a massa de acordo com os ingredientes disponíveis e saiu uma mini focaccia fofíssima e muito saborosa que nos rendeu um belo e sonoro DEZ.
Uma informação importante: minhas receitas são todas apresentadas em gramas ou kilogramas, pois na universidade nos acostumamos a ter uma balança sempre à mão. Se você gosta de cozinhar e acha que uma balança é cara, pense bem, você já comprou uma geladeira e um fogão que são muito mais caros que uma mísera balança e nem se abalaram por isso né? Esse foi um dizer do Prof: Angelo Medeiros em uma das aulas de confeitaria do SENAC.

Quadrado ou redondinho: o formato vai depender da assadeira

Mini Focaccia de Baócolis

17g de fermento biológico fresco
5g de açúcar
188g de leite
42g de azeite
5g de sal
330g de farinha de trigo
Recheio de brócolis
140g de brócolis congelado
170g de ricota
30g de manteiga
2g de sal
1g de pimenta do reino
Finalização
21g de azeite
6g de flor de sal

Preparar a massa pelo método direto, ou seja, juntar tudo num bowl e sovar até ponto que ficar uma massa bem lisa e macia. Cobrir com plástico filme e deixar descansar por 20 minutos em local aquecido e protegido de correntes de vento. Cortar o brócolis em pedaços pequenos, refogar na manteiga, temperar com sal e pimenta, adicionar a ricota e reservar para que esfrie. Modelar os pães: abrir a massa em retângulos, rechear com a pasta de ricota e brócolis, enrolar como panqueca, cortar em pedaços pequenos e dispor em formas de minicupcakes para que assem. Levar novamente para descansar por 30 minutos. Fazer pequenas depressões com os dedos, regar com o restante do azeite, polvilhar flor de sal e assar em forno pré-aquecido 160°C por 15 minutos. Dependendo do forno pode ser que demore mais tempo, mas quando os pães estiverem dourados pode retirar do forno e colocar em uma grelha para que resfriem.
A receita rende 39 pãezinhos que podem ser servidos sozinhos no lanche ou acompanhados de outros pães, frios e patês como entrada de jantar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um novo vício: sorvete

Escrevi um post sobre o meu mais novo vício, sorvete, está lá no Prato Perfeito, vai lá e confere a receita do legítimo sorvete de creme.

Sorvete de creme saindo da sorveteira.

sábado, 5 de novembro de 2011

Compinhas gastronômicas


Organizei esse post só para mostrar as “coisinhas” que comprei na viagem à São Paulo para participar do Semana Mesa SP 2011. Estava querendo há bastante tempo o acessório preparador de sorvete da kitchenaid (é assim que está escrito na caixa, mas eu prefiro chamar de sorveteira), acontece que além de carinho, o treco é pesado e pra comprar online eu pagaria quase cem reais de frete, aff... sem falar que comprando à vista, no dimdim, consegui um bom desconto.


Preparador de Sorvete Kitchenaid

Além da sorveteira, eu e as minhas parceiras de viagem fizemos a festa nas lojas da rua Paula Souza, fomos à Central do Sabor, onde comprei um saco de confeitar em silicone, alguns bicos, forminhas de metal, fita de acetato para facilitar a montagem de bolos e tortas mais altos, espátulas e duas caixinhas de gás para minha ISI Gourmet Whip, porque a caixinha custando poucos quinze reais é um sonho pra quem já pagou o dobro pela mesma. Ainda na mesma loja comprei farinha de amêndoas, cacau em pó callebaut e chocolate meio amargo 65%, da mesma marca, um pente para decorar biscuit joconde, além de um molde que facilita bastante o preparo de tortas monoporções, espero estreá-lo em breve.

Folha de silicone tipo silpat, pente, assadeira e molde para monoporção
Farinha de amêndoas, chocolate 65% e cacau em pó
Cápsulas de gás, saco de confeitar em silicone, bicos, forminhas e tira de acetato

Seguimos para a Gaivota, revendedor dos descartáveis da Decorplastic, cada coisa linda. A fábrica estava com um stand no Mesa Tendências e está trazendo muito mais novidades para os próximos meses.
Descartáveis de luxo, vou morrer se algum convidado jogar fora, kkkkkk

A tarde foi a vez da Barra Doce, loja da qual já sou cliente virtual à muito tempo. Mas ao vivo é muito melhor, principalmente pelo fato da loja virtual não colocar a disposição todos os itens da loja física. Lá eu comprei uma folha de silicone tipo silpat, só que menos resistente, mas bem mais barata, assadeira para mini cupcakes, forminhas de papel também para mini cupcakes e apenas dois modelos de formas de silicone da silikomart, apesar da vontade de comprar todas.

Assadeira e forminhas de papel para mini cupcakes
Moldes de silicone Silikomart podem ir tando ao freezer quanto ao forno

No sábado antes de voltar pra casa fomos à Fashion Chef, a loja na rua augusta é pequena, mas muito abastecida de vários modelos de dólmãs, calças, aventais e todo tipo de acessório de vestuário para cozinheiros. O orçamento limitado do fim da viagem me permitiu escolher duas dólmãs, dois aventais e alguns acessórios.
Até a embalagem é linda

Dólmãn jeans/malha, super confortável

Dólmãn preta, avental e lenço combinando

Fiquei muitíssimo feliz com minhas aquisições, acho que consegui escolher bem diante de tantas opções para gastar meu rico dinheirinho.... hahahahaha. Mas brincadeiras à parte, fazer uma lista de compras é fundamental para manter o foco e não gastar em supérfulos, o que é fácil de acontecer quando entramos nas lojas de utensílios.

Já fiz algumas preparações utilizando meus novos brinquedinhos e em breve posto a receita do sorvete de chocolate que fiz e o marido comeu quase todo de uma vez.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Resumo da viagem



Fui para a Semana Mesa SP achando que iria ter tempo de participar do Mesa Tendências, do Mesa ao Vivo, sair pra jantar e de quebra, atualizar o blog ao fim de cada dia, ledo engano.
Acordar as 6 da manhã e passar o dia assistindo palestras consumiu toda a minha energia e a sexta-feira, reservada para as compras, foi tão cansativa quanto os outros dias.
Chegamos à São Paulo na terça-feira (25) já na parte da tarde, saímos a noite apenas para ir ao Shopping visitar o quiosque da Ópera Ganache e provar a coleção primavera dos macarons, só não gostei do de rosas. Aproveitei e passei na Suxxar e garantir minha sorveteira, acessório da kitchenaid. Tomamos um lanche no Viena Café e fomos ao Boteco Bardot tomar uns bons drink, recomendo o extreme coquetel a base de vodka com limão, amora e morango, super forte, mas uma delícia.
Na quinta-feira (27), último dia do Mesa Tendências, foi repleto de palestras sobre como conciliar técnicas modernas para valorizar o ingrediente nativo de cada lugar, a sazonalidade como ponto forte em nome da sustentabilidade. Muitas foram as apresentações de preparações antigas, "da mama", apresentadas de maneira moderna e inesperadas. 

Versão do Pão com Azeite de Andrea Berton

Nhoque de batata com beterraba, ragú de carne com ouriço sobre carpaccio de camarão e molho de limão siciliano  por Pino Cuttaia
A Lula Transformista também de Pino Cuttaia

A quinta-feira foi também o dia de tietar, jurei que não o faria, mas não resisti.

Eu, Rodrigo Oliveira e Mariana
Eu e Julien Mercier (figura)

David Scabin (fiquei apaixonada)
A foto mais difícil de todas, conseguida graças à Rosa Moraes

Finalmente o dia das compras! Sexta-feira (28) foi reservada desde o início para podermos passear e fazer compras, afinal aqui em Natal não temos muitas opções de utensílios e as lojas virtuais não disponibilizam todos os produtos disponíveis na loja física. Começamos o dia com uma visita ao Mercado Municipal e provamos três sanduíches diferentes, todos muito bons, passamos às bancas de frutas e especiarias, depois seguimos para a rua Paula Souza, endereço das lojas de utensílios. A primeira parada foi a Central do Sabor, onde comprei chocolates e utensílios de confeitaria, seguimos para a Doural e depois para “A Gaivota”, loja que revende os descartáveis da Decorplastic, todos lindos, trouxemos um de cada modelo, foi uma festa! Voltamos ao hotel para deixar as sacolas e descansar um pouco antes de sair em busca da Barra Doce, outra loja de utensílios de confeitaria que vende online, mas a loja física tem muito mais produtos à venda. Da minha lista de desejos só ficou faltando o almofariz de granito do Jamie Oliver, era pesado demais e eu já tinha extrapolado os gastos e o limite de peso da bagagem, até porque ainda faltava visitar a loja da Fashion Chef e escolher as dolmas e aventais. Vou detalhar as compras em um outro post, assim tenho tempo de fotografá-los e explicar detalhadamente para que serve cada um dos meus novos brinquedinhos.

Mercado Municipal de São Paulo

Sanduíche de Pernil

Sanduíche Clássico de Mortadela

Sanduiche vencedor de concurso, mortadela e cheedar no pão de parmesão



Banca de frutas exóticas.










quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Diário de viagem


Uma experiência maravilhosa: é assim que posso resumir o que a Semana Mesa SP está sendo para mim.

Acontecendo desde o dia 25 no Centro Universitário SENAC Santo Amaro a Semana Mesa SP 2011 consiste no Mesa ao Vivo, evento que permite aos participantes ver os mais experientes chefes em ação, ministrando oficinas onde preparam muitas receitas que vão da cozinha quente até a panificação e confeitaria. Em paralelo acontece o Congresso Mesa Tendências que este ano tem como tema: Itália-Brasil: a caminho de uma cozinha consciente, abordando a sustentabilidade em todas as etapas que envolvem a alimentação e também enfocando o ano da Itália no Brasil, trazendo diversos chefes estrelados para compartilhar um pouco do seu vasto conhecimento conosco.

Pretendia ilustrar o post com muitas fotos, mas com a internet disponível no hotel isso não será possível, peço desculpas.

Entre os convidados de hoje estavam:

Davide Oldani chefe do restaurante “Dó” que detém uma estrela do Guia Michelin Itália que falou da concepção do seu restaurante, da importância de utilizar os ingredientes da época, respeitando a sazonalidade e mostrou também sua linha de louças desenhada especialmente para o restaurante, tudo muito lindo.
Joca Pontes dono do restaurante Ponte Nova em Recife/PE que cozinhou para nós uma farofa de galinha de capoeira com a galinha assada, coração de galinha ao vinho e arroz castanho (uma outra variedade de arroz vermelho) cozido no leite e finalizado com caldo de galinha, uma perdição para os olhos e, penso eu, para o paladar também. O chefe também enfatizou a importância de valorizar os produtores locais, coisa que ele mesmo faz tão bem, seus principais ingredientes são produzidos no estado de Pernambuco. Excelente apresentação a dele.
Carla Pernambuco falou bastante de suas origens e até se emocionou ao contar como os imigrantes italianos, seus ancestrais, sofreram ao chegar no sul do Brasil. Ela preparou uma polenta mole com ragú de lingüiça e uma salada de baby rúcula com panceta e vinagrete.
Helena Rizzo apresentou duas sobremesas, também com ingredientes brasileiros, focando na produção sustentável e ingredientes locais. Doces preparados por sua família que foram apresentados de maneira muito elegante.
Valéria Piccini chefe italiana chegou de mancinho e falou da simplicidade, do quanto é difícil trabalhar pratos simples, pois estes tem que ser tecnicamente perfeitos. Apresentou uma comida camponesa simples, tipicamente italiana: creme de grão de bico (feito com cinzas, processo interessante), sob tagliarini ao alho e óleo com uma farofinha de migalhas de pão e azeite, decorado com flores comestíveis.
Dario Cecchini açogueiro italiano que fez a melhor apresentação do dia, na minha opinião, eu chorei emocionada com sua paixão pela carne, pelo que sustenta sua família a cinco gerações. Ele aproveita cada corte de carne, tem receitas na ponta da língua para cada corte, todas muito simples. Chegou ao auditório acompanhado de um auxiliar carregando ¼ de boi e tirou dele muitos cortes de carne interessantes, um corte de músculo foi temperado com sal e pimenta, recheado com alecrim e, pasmem, o tutano do osso que ele serrou para extrair, amarrou tudo e chamou de brasato. Foi aplaudido de pé pelo auditório ao fim da apresentação. Ele fará um jantar especial no Templo da Carne de Marcos Bassi que pretendo ir amanhã à noite, se tudo der certo, claro.
Ana Luiza Trajano é chefe do Brasil a Gosto, restaurante de comida brasileira em São Paulo. Ela sempre viajou o país inteiro pesquisando ingredientes que utiliza em seus pratos. Me pareceu que ela está iniciando o projeto de um programa de TV que viaja o país mostrando ingredientes e costumes culturais Brasil a fora. Gostei bastante. Pena que a tartaruga que ela pretendia apresentar não chegou a tempo. Ela cozinhou para nós um pirarucu com leite de castanha sobre mix de feijões do Acre, acompanhado de farofa. Bem bonita a apresentação do prato.

Fora o congresso, já saímos para almoçar em um boteco, tomar uns bons drink em outro boteco, eu comprei minha sorveteira (OBAAAAA!!!), jantamos num italiano super bonitinho hoje a noite e sexta pretendemos nos acabar em uma visita ao Mercadão e à rua Paula Souza, paraíso dos cozinheiros.

Amanhã (ou hoje, sei lá, to perdida!!!) é o último dia do Mesa Tendências e este dia promete, desde cedo chefes italianos e brasileiros se revezam para apresentar idéias novas de preparar e apresentar pratos antigos repaginados e pratos inteiramente inovadores usando como base ingredientes tão conhecidos por nós. É esperar pra ver. Depois faço um post só com as fotos do Congresso como um todo. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Etapas da vida



Este post é uma mistura de sensação de missão cumprida e lista de desejos. Hoje pela manhã finalizei mais uma etapa da minha vida estudantil e senti uma deliciosa sensação de deve cumprido, concluí os módulos teóricos e práticos do Curso de Cozinheiro do SENAC Barreira Roxa, restando apenas o estágio curricular a cumprir. Na UnP ainda faltam alguns projetos até a conclusão do curso que deve, se tudo correr bem, acontecer em dezembro. Nesta etapa final é impossível não fazer uma auto-avaliação e lembrar o quão pouco era o meu conhecimento no início da jornada e o quanto ainda tenho a aprender daqui para frente. Não foi à toa que minha primeira tentativa de empreendimento comercial veio a falecer, eu realmente não sabia de nada, ainda sei pouco, mas já estou bem melhor!!!!

Tenho agora uma semana de “férias” que vou aproveitar para unir o útil ao agradável no Congresso Mesa SP que acontece no SENAC Santo Amaro em São Paulo na próxima semana. Farei a viagem com duas amigas também amantes da gastronomia. Planejamos cada minuto a fim de aproveitar ao máximo nosso tempo na cidade. Participaremos do Mesa Tendências no começo da semana e teremos dois dias para bater perna, fazer muitas comprinhas gastronômicas e visitar restaurantes, obaaaaaaa!!!.

Eu já estava bem satisfeita em bater perna pela cidade meio perdida com as meninas e por isso mesmo já pegamos todas as dicas de locomoção, lojas e restaurantes com uma expert no assunto, a Professora Ester, só que o que já estava bom, melhorou, o Angelo Medeiros (Prato Perfeito), que foi meu professor do SENAC Barreira Roxa e hoje é meu amigo, avisou que também vai participar do Congresso Semana Mesa SP. Notícia melhor impossível, pois o cara já morou em Sampa, o que significa que vamos usá-lo (no bom sentido da palavra) como guia para nos levar aos lugares mais legais para comer e, é claro, fazer muitas comprinhas gastronômicas, eu já fiz até uma listinha de desejos que, de tão grande, nem sei se vou conseguir voltar com tudo para casa.
Entre muitos cacarecos eu pretendo trazer na bagagem uma Sorveteira Kitchenaid, acessório que acopla na batedeira, pelo menos uma dolman da Fashion Chef, o almofariz de pedra do Jamie Oliver e algumas forminhas de silicone da silikomart.

Espero ter tempo para atualizar o blog com novidades durante a semana. Estou muito empolgada com a viagem e tenho certeza que será bastante produtiva, já que durante o Mesa Tendências estaremos em contato com tudo que há de mais moderno na gastronomia atualmente.

Bom, é isso, queria mesmo era dividir um pouco da minha alegria por finalizar mais uma etapa da vida e também a ansiedade com a viagem que se aproxima. Até mais!!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Brownie






Quando me atrevi a cozinhar, antes mesmo da graduação, fiz bastante os meus amigos de cobaias, praticamente toda semana tinha um prato novo para degustarem e isto, é claro, era motivo para uma noitada daquelas com os maridos jogando poker e as mulheres enchendo a cara de vinho, abafa!!!
Depois do meu retorno à cidade do sol, só lembro uma vez que fiz festinha em casa, até porque meu apartamento atual é bemmmm menor que o antigo, de João Pessoa, acabou que a comilança agora é a dois, ou, quando há oportunidade, faço comida para presente. Foi o que aconteceu mês passado quando uma amiga muito querida veio à Natal para correr uma maratona, fui intimada à preparar um jantar para toda a caravana, mas infelizmente estava muito cansada e não rolou. Para me desculpar do furo, prometi uma comidinha revigorante para após a corrida e paguei minha promessa com esse brownie que vi no Prato Fundo e estava com vontade de fazer já fazia bastante tempo, só fiz algumas modificações na receita e na técnica de preparo.

Há muitas receitas de brownie e muitas também são as técnicas de preparo, eu gosto dessa que vi a Nigella usar em um dos seus programas de TV no GNT, pois suja uma única panela para fazer a receita tornando esta receita ideal para quando bate aquela vontade de comer bobagem e estamos com preguiça, ou para quando tem aquele churrasco que você ficou de levar a sobremesa e só lembrou em cima da hora.

Brownie 



- 4 ovos em temperatura ambiente
- 300g de açúcar cristal
- 150g de farinha de trigo
- 150g de manteiga sem sal
- 250g de chocolate meio amargo
- 100g de castanha de caju (ou nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, etc...)
- 25g de cacau em pó (100% cacau sem açúcar)
- 3g de fermento em pó químico (ou 1/2 colher de chá)
- 2g de sal (ou 1/4 colher de chá)

Pré-aquecer o forno em 180°C.
Pra fazer no formato acima, como cupcakes, basta forrar 24 cavidades com forminhas de papel próprias para ir ao forno. Outra opção, a mais comum, é na assadeira retangular, para isso você deve untar uma forma de 20x30cm (melhor 20x20cm) e cobrir com papel manteiga (deixar sobrando papel em todos os lados, cerca de 2cm), unte também o papel com manteiga.
Picar grosseiramente a castanha de caju.
Agora vem a parte mais fácil: derreter em uma panela, fogo bem baixo, os chocolates e a manteiga, desligar o fogo e misturar os ovos, açúcar e manteiga. Bata para ficar bem homogêneo.
Peneire nesta mistura de chocolate, os ingredientes secos, misture bem e adicione a castanha. Misture muito bem. Transfira para a fôrma previamente preparada, nivelando.
Assar por 18-20 minutos no caso de cupcakes ou 30-35 minutos à 180°C quando assado inteiro. No teste do palito, deve sair úmido.
A receita rende cerca de 24 brownies em forma de cupcakes ou um grande assado como bolo.


domingo, 9 de outubro de 2011

Beleza na cozinha pode!!!



Sempre fui vaidosa, desde criança já gostava de maquiagem, saltos altos e o cabelo, há este é um capítulo a parte. O fato é que enveredar pelo caminho das panelas acaba por detonar a aparência de qualquer um se não forem tomadas as devidas precauções. Mas ninguém fala sobre isso, parece que é uma regra, para ser cozinheira tem que ser “baranga”, com pele desidratada, cabelo ressecado e muitas cicatrizes de queimaduras nas mãos. Eu discordo completamente. 
Durante um curso de confeitaria no SENAC em São Paulo e indaguei a professora sobre quais os melhores produtos para manter a dignidade da pele, já que as altas temperaturas aumentam o ressecamento facial facilitando o aparecimento de rugas e os produtos de limpeza deixam nossas mãos esturricadas e aparentando muito mais idade do que realmente tem, sem falar das queimaduras que deixam cicatrizes, pois ela me fuzilou com um olhar de reprovação tão grande que eu paralisei - parecia que me achava fútil por tocar naquele assunto - e respondeu: “não sei, não tenho tempo para essas bobagens”... afe!!!
Sofri bastante com queimaduras e cortes nos braços e mãos, constantes durante o meu aprendizado na cozinha e segui firme no caminho, mas buscando sempre produtos que me ajudassem a amenizar todos os problemas encontrados. Encontrei alguns que não abro mão e vez por outra me perguntam o que faço para ter sempre uma pele saudável trabalhando num ambiente tão contrário à beleza. Elaborei uma lista dos itens que eu uso para ter sempre uma carinha boa e as mãos livres de cicatrizes.

Rosto

Na cozinha profissional, não é permitido o uso de qualquer tipo de maquiagem, pois são produtos químicos e podem contaminar os alimentos, ok, mas como disfarçar as olheiras e manchas? não disfarça, o melhor é evitá-las. Cobrimos todo o corpo durante a estadia na cozinha, mas o rosto fica de fora, recebendo todo o calor proveniente do fogão e forno, quem nunca abriu o forno para verificar uma preparação e recebeu “na cara” uma enxurrada de vapor quente, ui! O principal problema do rosto é o ressecamento, sendo assim o uso de um hidratante é fundamental, mas cada pele tem um hidratante específico, o melhor é procurar o dermatologista para ajudar na escolha. Eu uso o hidratante UV Perfect FPS 30 da L´Oréal, que simplifica muito a rotina, já que tem num único produto hidratante e filtro solar, tem um preço bacana, dura bastante e vende na maioria das farmácias.
Mas antes do hidratante eu lavo o rosto com um sabonete específico para a o meu tipo de pele, existem muitos e basicamente qualquer sabonete para o rosto serve, exceto os esfoliantes que devem ser usados uma vez por semana apenas. Gosto do gel de limpeza Pure Focus da Lancôme que deixa uma sensação bem refrescante após o uso. Em seguida eu passo o tônico da mesma linha que fecha os poros e ajuda a segurar a oleosidade da pele por mais tempo.
Já com a pele limpa e tonificada é hora de cuidar dos sinais do tempo, passo um sérum reativador de juventude que venho gostando muito e um creme específico para a área dos olhos que além de tratar as rugas ameniza as olheiras. Depois disso é só passar o hidratante e pronto. Parece uma rotina meio longa, mas garanto que é bem rapidinho e só precisa repetir a noite, antes de dormir.

Braços e mãos

Posso dizer que essa é a parte do corpo que mais sofre na cozinha, são nossas ferramentas mais preciosas e estão sujeitas aos cortes, queimaduras e alergias à produtos de limpeza. Já basta ter que manter as unhas curtas, ninguém precisa de uma mão com cara de terceira idade, então hidratante nelas. O sabão bactericida utilizado constantemente e o detergente para limpeza de utensílios são muito agressivos e retiram toda a hidratação das mãos, e o resultado são mãos enrugadas e descamadas, as minhas chegavam a sangrar, um sofrimento. Não precisa nada demais, apenas use o hidratante sempre que puder. Eu uso o Hidratante para as Mãos Nivea Nutritivo, é baratinho, compro no supermercado e cumpre super bem a função de manter minhas mãos macias.
Quanto aos cortes eu me equipei com um arsenal, para limpar o melhor é o bom e velho Merthiolate Spray, depois passo pomada Nebacetin que ajuda na cicatrização e cubro o ferimento com o curativo Nexcare, muito melhor que Band-Aid.
Já as queimaduras eu trato com uma única arma: Kollagenase, é uma pomada para queimaduras mais severas, conheci depois que sofri uma queimadura de segundo grau com limão. Depois do tratamento com esta pomada milagrosa, não ficou nem mancha pra contar a história.

Cabelo

O cabelo sofre na cozinha, além de ser mantido preso durante todo o dia praticamente ele ainda deve ser lavado diariamente, já que fica impregnado com os cheiros da cozinha e também com a gordura dos alimentos, isso resseca demais o cabelo e aí nós empurramos hidratação que melhora o aspecto ressecado, mas às vezes, hidratamos tanto que o cabelo fica pesado e sem vida, a minha dica é usar pelo menos uma vez por semana um shampoo anti-resíduos que vai eliminar o excesso de hidratante dos cabelos e deixá-los mais soltos e maleáveis. Não tenho uma marca preferida, uso a que encontrar disponível no supermercado e todas funcionaram bem, mas no momento uso o Aquamarine da Revlon.

É isso, espero que essas dicas possam ajudar a manter a aparência em ordem durante e depois dos trabalhos na cozinha, afinal, não são só os pratos que preparamos que precisam ter uma boa aparência.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rubacão



Eu nunca gostei muito de repetir no jantar o que comi no almoço, por exemplo, sempre gostei bastante de diversificar os alimentos. Junte a isso o conhecimento adquirido na gastronomia que me permitiu conhecer muitos ingredientes e técnicas de preparo abrindo meus horizontes para os sabores desconhecidos e já dá pra perceber a variedade de pratos aqui de casa. Meu marido costuma dizer que almoçamos e jantamos todos os dias em restaurantes diferentes porque aqui é assim: costelinha ao barbecue no almoço, risotto no jantar, rosbife no almoço, pizza no jantar, é bem legal, mas até quem adora variar de vez em quando tem vontade de comer uma comidinha com gosto de infância, comigo não é diferente, vez ou outra me dá vontade de comer arroz com feijão e meu arroz com feijão favorito é cozido tudo junto e atende pelo nome de rubacão. 
Rubacão é um prato nordestino muito consumido da Paraíba até o Ceará, passando por algumas modificações em cada estado. Existem muitas versões de rubacão, essa eu aprendi na paraíba com a esposa de um amigo. É um prato que me remete à infância e sem problema algum, eu passaria bastante tempo comendo todos os dias um belo prato de rubacão acompanhado de uma paçoquinha de carne de sol.




Receita do Rubacão

1 xícara (chá) de arroz vermelho
2 xícaras (chá) de feijão verde
3 xícaras (chá) de leite integral (pode ser que necessite de mais leite)
2 colheres (sopa) de nata
1 xícara (chá) de queijo coalho cortado em cubos pequenos
1 colher (sopa) de manteiga da terra
2 pimentas de cheiro pequenas bem picadas
Coentro fresco à gosto
Sal à gosto

Ferver uma xícara de água e adicionar o arroz, já lavado, cozinhar até secar. Adicionar parte do leite, o feijão verde e sal à gosto, cozinhar até o ponto que você gosta. Vá colocando leite aos poucos até chegar na consistência que você gostar, eu não gosto tão cozido, apesar de ser assim o tradicional, prefiro meio "al dente". Quando estiver tudo cozido, desligue o fogo e adicione pimenta de cheiro, nata, manteiga da terra, coentro picado e o queijo coalho deixando repousar por um minutinho com a panela tampada. Acerte o sal, se necessário e sirva.
Sozinho esse prato já é uma refeição balanceada, pois tem proteína tanto no feijão como no leite e derivados mas eu, como boa nordestina que sou, prefiro comer junto com uma boa paçoca de carne de sol.